Richard Começa a explicar o enredo de seu
romance, enquanto aprecia as iguarias da culinária Baiana e as formas glúteas
das moças da Rua do Cansanção na paradisíaca Praia do Apicum.
Richard, como já dito, é um
estudante de jornalismo recém-formado, mas que não pretende exercer a
profissão. Na verdade ele fez esse curso apenas por pressão dos pais. Ele que
pertence a uma família tradicional de Nova York. Porém desde cedo Richard
demonstrou a suas pretensões artísticas. Sim, além de escrever, ele se arrisca
como poeta, compositor, desenhista, pintor e escultor. Ele desde terna infância admirou a beleza dos
países sul-americanos, das mulatas Brasileiras nos desfiles das escolas de
samba do Rio de Janeiro. Assim começou sua adoração, e porque não dizer,
veneração e até certo ponto obsessão do rapaz pelas bundas dessas mulatas.
Assim surgiu a ideia dum romance cujo título logo chamou a atenção de Mary
grand-daughter:
— Terra das Bundas! Bom
título para um livro. Mas sobre o que fala? Parece óbvio que seja sobre as
nossas bundas, mas é só isso mesmo?
— Não! Longe disso Mary! Vai
muito além de falar sobre as bundas suas. Eu querer fazer homenagem a vocês...
– fala o rapaz.
— Quando um cara quer fazer
homenagem a mim ele bate uma punheta. Você escreve um livro. Que diferença.
Rick, você tem namorada? – Mary pergunta.
— Eu ainda não ter...
— Como é?! Ainda não ter? Qual
sua idade?
— 23 anos.
— E não tem namorada?
— Nunca ter. Eu ser muito
tímido.
— Meu Deus! Que desperdício.
Que dizer que você é virgem?
— Eu ser.
— Desculpe perguntar, mas
você tem pau grande?
— O que ser pau?
— Seu pênis.
— Ah! Pau ser isso em sua
língua?
— Sim, é um sinônimo. Mas
pau em minha língua é o que eu mais faço.
Mas responda: seu pênis é grande?
— Eu não saber dizer. O que
você considerar grande?
— De 20 cm pra cima.
— Bem eu nunca medi o meu...
Então Katherine encerra o
rumo que a prosa está tomando:
— Oh! Mary, não vamos, além
disso. O rapaz mal chegou ao Brasil e você já quer comê-lo como se fosse uma
índia canibal.
— Eu gosto de me alimentar
bem. Isso é uma virtude. Você devia seguir o mesmo rumo.
— Depois vemos isso. No
momento eu estou sem esse tipo de apetite. Vamos deixar Richard explicar o
livro dele e quem sabe ajuda-lo a melhorar isso.
Então Richard começa a
falar:
— Bem... Moças. Eu, certa
vez lendo um livro de lendas marítimas de meu avô, que foi marinheiro nos
Estados Unidos, eu ler uma lenda muito curiosa que chamou muita minha atenção.
É uma lenda sobre um arquipélago que está localizado aqui no Atlântico Sul, mas
sem uma localização precisa. As ilhas desse arquipélago formam um desenho dum
corpo de mulher. Dois vulcões extintos lado a lado formam as nádegas, duas
ilhas alongadas formam as pernas e uma ilha maior ao norte forma as costas
nesse desenho geográfico. Essas ilhas são habitadas por mulatas bonitas como
vocês que andam nuas pelas praias. Elas são dotadas por grandes bundas. E são
chamadas de bundolesas. Elas são governadas por uma deusa poderosa que protege
as ilhas dos ataques dos forasteiros. Um rei e quatro rainhas são os monarcas
desse reino utópico. Porém, as
bundolesas não podem ter bebês masculinos. Quando eles nascem, eles são
sacrificados em nome da Deusa. A Deusa
Bum. Por isso o único homem da ilha é o rei. Ele além de se deitar com as
quatro rainhas, ele tem os dias certos de se deitar com as bundolesas
escolhidas por eles mediante um concurso para avaliar as que possuem as bundas
mais belas. Ele não ver os seus rostos. Apenas a bunda. Elas podem engravidar,
caso tenham bebês masculinos eles são mortos. Já caso sejam meninas elas serão
novas bundolesas que irão perpetuar a população das ilhas. Porém um dia,
navegadores portugueses se perderam e foram se parar num das ilhas e levaram
algumas bundolesas como escravas para o Brasil. Isso irritou muito a Deusa bum
que fez os vulcões entrarem em erupção de novo e todas as ilhas foram destruídas
numa grande explosão. As bundolesas levadas pelos portugueses foram se
misturando com as índias brasileiras e as portuguesas e deram como resultado
genético essa mulher brasileira de hoje. Uma mulher bela e de bunda grande.
As moças ficam atônitas
diante da eloquência com que Richard narrou esse resumo da lenda de Terra das
Bundas que ele adaptou ao seu bel prazer.
Katherine pergunta:
— Você pensou isso tudo de
sua cabeça?
— Um pouco... O resto eu
adaptar de lenda de meu avô. Robert Moon.
— Nossa! Não vejo a hora de
ser personagem desse livro. – Fala Mary.
— Então ser agora! Vou
começar escrever agora.
Richard pega o notebook e
começa a escrever em seu notebook. Porém Katherine fala:
— Mas agora não Richard.
Estamos se arrumando para ir para outra praia do costado. A praia do Apicum.
Vamos passar o dia lá. Voltamos ao fim da tarde. Você vai poder ver as bundas
de outras moças aqui na rua. Você vai comer muita comida baiana também. Seu
paladar vai gostar. Sentir o gosto do dendê.
— O que ser dendê?
— Depois a gente explicar a
você agora se arrume também. Você tem sunga?
— Tenho.
— Oba! Assim vou poder ter
uma noção da mandioca dele! – fala Mary Grand-Daughter.
— Oxe! O que é isso Mary?!
Que deselegância! – critica Priscilla Saints. Ela que é uma moça bela, que usa
óculos, cabelos negros lisos, e uma bunda de bom porte que ela expõe no
shortinho bem apertado e branco. Já Jayanne Air You Jo tem um corpo belo, porém,
mais delgado. Mas a bunda dela apesar de não ser avantajada, tem um belo
formato que muito agrada os rapazes da cidade.
O certo é que as carroças
estão prontas e as moças descem aos montes para o Apicum. É uma viagem em
marcha lenta, mas que chega logo devido a proximidade da rua para essa praia.
Logo que chegam à praia do
Apicum as moças se despem de seus shortinhos jeans expondo suas belas bundas
trajadas em pequenos biquínis. Richard fica atento a tudo isso. Ele senta-se em
uma cadeira e fica a escrever seu romance, mas sempre de olho nas moças que
ficam deitadas de bruços na areia da praia conversando entre elas mesmas. O sol
escaldante queima, torra, bronzeia suas peles marrons que molhadas pelo suor
ficam lustrosas como se fossem feitas de chocolate.
Need River Saints então se
aproxima de Richard e senta-se numa cadeira ao seu lado e lhe pergunta:
— O que você tanto escreve
nesse computador seu? É sobre minha bunda? Soube que você está escrevendo um
livro chamado terra das bundas. É verdade?
— Sim, isso ser verdade.
Você gostar de ler?
— Eu não. Eu prefiro
namorar. É bem mais gostoso. E você namora?
Então chega Mary
Grand-daughter e fala:
— Ele não tem namorada não
Need. Ele é donzelo.
— Vixe! Sério Rick?! Um
menino bonito desse donzelo... que desperdício. Vamos comer moqueca de siri? Eu
fiz agora.
—O que ser siri?
— É um tipo de caranguejo
brasileiro. Ele vive no mar. Você vai gostar.
Richard come a moqueca com
muito gosto. Sente o sabor do dendê, dos temperos. Ele come a moqueca de siri
acompanhada com arroz branco soltinho, farofa de dendê, salada de feijão
fradinho e um gostoso suco de seriguela. Depois ele come vatapá, moqueca de
camarão e outras iguarias baianas. Deita na rede e dorme. Começa a sonhar com a
história que escreve no seu notebook. Quando ele acorda já tem várias ideias do
que pode fazer para melhorar suas tramas narrativas. Mas no momento a sua
atenção está voltada para as bundas das mulatas que jogam bola na areia da
praia.
As moças correm atrás da
bola e os quadris sobem e descem num bonito movimento das nádegas que parecem
duas bolas de futebol lado a lado. Richard então começa a escrever de novo no
notebook o seu romance e depois volta a dormir. A tarde vai caindo e todos
estão voltando da praia do Apicum. Richard está feliz, pois viu muitas bundas e
agora vai ter mais inspiração para escrever seu ousado romance.
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